Os primeiros habitantes do entorno da Baía de Guanabara eram caçadores, pescadores e coletores de conchas, mariscos e crustáceos. Com os restos desses alimentos eles sedimentavam e demarcavam o local de moradia, formando elevações. Quando um ente querido morria, eles preferiam sepultá-lo nestas elevações, o que assegurava a proximidade do morto com os vivos. A forma de sepultar, os acompanhamentos utilizados no enterramento como o uso de adornos e dos objetos pessoais do morto, informa ao pesquisador aspectos das experiências e convivências humanas daquele agrupamento social.
Assim, o sambaqui (derivado do Tupi, que significa monte de conchas) era um morro composto de empilhamento de areia, barro, conchas de moluscos, carapaças de crustáceos, ossos de peixes, aves e mamíferos. Era um local de sociabilidade, onde se guardavam os restos e os instrumentos utilizados para o preparo dos alimentos. O Sambaqui São Bento é um sítio de encosta de frente para a baía, o que permitia ao grupo a visão panorâmica e estratégica do movimento nas águas da Guanabara. Sua ocupação se deu por volta de 4000 A.P (antes do presente) e nele se encontraram diferentes informações sobre o modo de vida de nossos primeiros ancestrais, o sambaquieiros do São Bento.
É pouco dessa história e de informações recolhidas pelos arqueólogos, ao estudarem nosso Sambaqui, que a exposição montada no Sítio Escola Sambaqui São Bento vem nos apresentar.