Jovens Agentes do Patrimônio

Criado em 2010, o programa Jovens Agentes do Patrimônio é uma ação de educação patrimonial-museal sonhada com o intuito de fortalecer vínculos de aprendências, tão mútuas quanto múltiplas, com a comunidade do grande São Bento, sempre a partir de abordagens que se articulam em torno de memória – patrimônio – afetos, a fim de que os jovens possam se construir identitária e discursivamente na relação consigo mesmos, com o outro e com o ambiente.

Na experiência pedagógica do Programa que reúne semanalmente jovens entre 12 e 18 anos, para todos os assuntos a serem conversados, aprendidos, desaprendidos, atualizados, procuramos o compasso do movimento que se manifesta destes: seus corpos, suas vozes, seus silêncios, seus sonhos, seus posicionamentos diante de si mesmos e do outro. A construção de um currículo que deseja guardar tantas vozes e imaginários tem sido possibilitada por recursos vindos de financiamentos-patrocínios, a partir de inscrição e aprovação em editais públicos.

No ano de 2012, período em que o PJAP contou com o patrocínio da Secretaria Estadual de Cultura do RJ – Superintendência de Museus, o Programa pode realizar aulas de teatro, um dos sonhos declarados pelos jovens há muito. Durante estas aulas, além dos jovens entrarem em contato com aspectos de sua personalidade, os frágeis e os potentes, e terem a possibilidade de trabalhar cenicamente os seus sentidos, foi montada a Primeira guia teatralizada do percurso do Museu Vivo do São Bento, num cortejo que passeou pelo bairro do São Bento em dezembro daquele ano.

Nos anos de 2013 e 2014, o Programa contou com recursos da Casa da Moeda do Brasil, que possibilitou, entre tantas ações, a capoeira e a construção de uma horta agroecológica no quintal do museu. Os recursos também possibilitaram a gravação do documentário “Nós descobrimos esse São Bento: uma aldeia que é de todo mundo.”

As aulas de campo que consideramos fundamentais no cambiar das experiências de formação, também tem sido garantidas por estes recursos externos: vamos à feira, à biblioteca, à livraria, vamos conversar com o padre na igreja católica e vamos conversar com o babalorixá no terreiro de candomblé; visitamos museus tradicionais e populares, viajamos para Minas Gerais, Paraty…

Os jovens Agentes do Patrimônio experienciam sair do seu lugar para vê-lo de fora. O convite feito é conhecido: “estranhar o que é familiar. Tornar familiar o que é estranho”. Estamos no caminho, mas nunca saberemos realmente o que seus olhares ganharam em se perder.

Ficha Técnica

  • Coordenação: Risonete Nogueira
  • Local: Museu Vivo do São Bento
  • Horário: quintas, das 14h às 17h
  • Público Alvo: Crianças e Jovens da região do Grande São Bento